De acordo com o
interesse dos alunos pelo assunto, foi solicitado que criassem
cartazes demonstrando o absurdo do uso de meios violentos na
resolução de conflitos. O trabalho proposto teve entre os seus
motivos uma briga que repercutiu não apenas na comunidade escolar,
mas em todo o município conforme apontaram os próprios alunos. Com
pesquisa e debates os cartazes foram ganhando forma durante as aulas
de Filosofia. No decorrer das apresentações, onde os autores dos
cartazes argumentavam contra a violência e justificavam a escolha
das frases e dos desenhos, eles mesmos, demonstraram preocupação
com a imagem da escola fora dos portões. Uma aluna narrou que no
momento da compra da cartolina, que seria utilizada no trabalho, por
estar com o uniforme da escola, ouviu: "É para fazer trabalho ou
separar brigas?" Os alunos também demonstraram preocupação quanto
ao mercado de trabalho poder rejeitar os alunos de uma escola onde
brigas ocorrem com frequência.
Os alunos ficam incomodados quando a imagem de sua escola é manchada, por alguns poucos, de maneira que todos sejam apontados na rua. "Todos pagam pelo erro de poucos", comentou uma das alunas. O grande número de alunos que "torcem" e registram as brigas em seus celulares também foi tema de debate em sala de aula. Chegou-se a afirmar que mesmo havendo uma predisposição histórica no ser humano para contemplar atos de violência (por exemplo, argumentaram usando os gladiadores e as lutas contra animais na Roma Antiga). Mais a atitude de de incentivar ou "torcer", em nossos dias, numa situação de briga na escola ou arredores é inaceitável.
Conforme os alunos
apontaram, a violência se tornou "normal" na sociedade
moderna e isso "é preocupante". Os pais que não educam
seus filhos adequadamente podem estar gerando jovens e adultos
violentos. Sobre essa questão, os alunos destacaram que educação
vem de casa, da família e que a escola tem o papel de instruir e
colaborar na formação. Surgiram exemplos do arrependimento por
brigas passadas e que não geraram nada além de novos incômodos para
todos os envolvidos.
Os objetivos imediatos
dessa atividade foram atingidos e agora nossos alunos aguardam que os
seus trabalhos ajudem a conscientizar outros estudantes de
que a violência nunca é a resposta.
Os trabalhos estão expostos na EEM Professor Roberto Grant desde o dia 27 de março de 2015.
Os trabalhos estão expostos na EEM Professor Roberto Grant desde o dia 27 de março de 2015.
"O Conflito não é entre o Bem e o Mau, mais entre o Conhecimento e a Ignorância"
Carlos Campestrini, Professor de Filosofia.
Turmas: 2ª 03, 2ª 04,
2ª 05, 2ª 06 e 2ª 14.